Trabalho Infantil: A melhor prevenção é o conhecimento

 

Publicado em: 21/06/2018 10:52 | Fonte/Agência: Prefeitura | Autor: Prefeitura

Whatsapp

 

A Secretaria Municipal de Assistência Social de Balsa Nova lança série “Conhecendo o SUAS”, onde serão publicados semanalmente um texto sobre o assunto, segue nosso terceiro texto.

 

TEXTO ESPECIAL 02 – TRABALHO INFANTIL: A MELHOR PREVENÇÃO É O CONHECIMENTO.

 

 Mais o que é Trabalho Infantil?

 

            Trabalho infantil é toda forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima permitida, no Brasil, o trabalho é proibido para quem ainda não completou 16 anos, como regra geral. Quando realizado na condição de aprendiz, é permitido a partir dos 14 anos. Se for trabalho noturno, perigoso, insalubre ou atividades da lista TIP (piores formas de trabalho infantil), a proibição se estende aos 18 anos incompletos.

            A proibição do trabalho infantil no Brasil varia de acordo com a faixa etária e com o tipo de atividades ou condições em que é exercido, conforme segue:

 

v  Até 14 anos – proibição total;

v  Entre 14 a 16 anos – proibição geral. Admite-se uma exceção: trabalho na condição de aprendiz;

v  Entre 16 e 18 anos – permissão parcial. São proibidas as atividades noturnas, insalubres, perigosas e penosas, nelas incluídas as 93 atividades relacionadas no Decreto n° 6.481/2008 (lista das piores formas de trabalho infantil), haja vista que tais atividades são prejudiciais à formação intelectual, psicológica, social e/ou moral do adolescente.

 

Dados atualizados da realidade brasileira, segundo informações da PNAD Contínua sobre o Trabalho Infantil 2016.

“...71,8% das crianças de 5 a 13 anos ocupadas são pretas ou pardas... No total da população de 5 a 17 anos, independente da situação de ocupação, as crianças pretas ou pardas representavam 60,5%; na faixa de 5 a 13, 60,0%; e, de 14 a 17 anos, 61,4%...As crianças pretas ou pardas eram maioria entre as ocupadas, representando 64,1%...” PNAD contínua 2016.

 

            Em 2016, 1,8 milhões de crianças de 5 a 17 anos trabalhavam no Brasil. Mais da metade delas, estavam em situação de trabalho infantil, ou não possuíam o registro em carteira exigido pela legislação. É o que mostra o módulo temático da PNAD Contínua sobre Trabalho Infantil, divulgado pelo IBGE.

Texto explicativo retangular com cantos arredondados: O trabalho entre as crianças de 14 a 17 anos foi proporcionalmente maior na região Sul, representando 16,6% da população desta idade na região.            A agricultura era o principal grupamento de atividade das crianças ocupadas de 5 a 13 anos, concentrando 47,6% delas. Já para os ocupados de 14 a 17 anos, a principal atividade era o comércio, concentrando 27,2% deles. Além disso, enquanto 66,0% do grupo de 14 a 17 estavam ocupados na condição de empregado, 73,0% das crianças de 5 a 13 anos eram trabalhadores familiares auxiliares.

            Além do trabalho em atividades econômicas, a PNAD também investigou crianças envolvidas em outras formas de trabalho: em 2016, aproximadamente 716 mil crianças de 5 a 17 anos trabalhavam na produção para o próprio consumo, e 20,1 milhões realizavam trabalhos com cuidados de pessoas e afazeres domésticos.

            Entre as crianças ocupadas de 5 a 13 anos, 71,8% eram pretas ou pardas, e para o grupo de 14 a 17 anos, o percentual de pretas ou pardas foi de 63,2%. A jornada de trabalho é crescente conforme o grupo de idade aumenta, indo de 8 horas, em média, para os menores (de 5 a 9 anos) a 28,4 horas para os maiores (de 16 ou 17 anos).

            Os grupos de idade mais elevados tiveram taxas de escolarização menores para ambas as condições de ocupação.

            Três em cada quatro crianças de 5 a 13 anos ocupadas trabalhavam para a família; as crianças menores, de 5 a 13 anos, estavam concentradas no grupamento de atividade agricultura (47,6%).

            Pelo menos 54,4% das crianças que trabalhavam estavam em situação de trabalho infantil, não permitida pela legislação.

            Dessa forma, a população infantil em ocupação não permitida é representada pelo somatório das crianças de 5 a 13 anos de idade ocupadas (190 mil pessoas), o contingente de 14 ou 15 anos ocupados que não obedeceram às condições legais de jovem aprendiz (196 mil pessoas), e os de 16 ou 17 anos sem registro formal (612 mil pessoas).

           

Metade (50,2%) das crianças realiza tarefas domésticas.

 

            Em relação a outras formas de trabalho, em 2016, aproximadamente 716 mil crianças de 5 a 17 anos trabalhavam na produção para o próprio consumo, o equivalente a 1,8% do total, e 20,1 milhões realizavam trabalho com cuidados de pessoas e afazeres domésticos (50,2%).

            Além disso, 72,3% das crianças ocupadas também realizavam trabalho na produção para o próprio consumo e trabalho em cuidados de pessoas ou afazeres domésticos.

            Acesse a matéria na integra, segue o link https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/18384-pnad-c-trabalho-infantil-noticia.html

 


 

 

 

 

Perfil do Estado do Paraná.

 

            O trabalho infantil no Estado passou de 347.592 para 157.693 entre 2004 e 2015, queda de 55%, conforme a Pnad. No entanto, agropecuária e comércio concentram quase 50% das ocupações de crianças e adolescentes, setor com grande grau de informalidade. O dado acima, baseado na PNAD de 2014, está na mais recente pesquisa do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI).

 

Como combater o Trabalho Infantil?

 

            Muitas formas de exploração do trabalho infantil, frequentemente admitidas pela sociedade, acabam por torná-lo invisível tanto na cidade quanto no campo. As causas que levam meninas e meninos às ruas e ao trabalho são muitas, mas o engajamento da sociedade no combate é essencial.

 

Não dê esmolas e não compre nada de crianças

Muitas vezes, quando nos deparamos com alguma dessas situações, não compreendemos o real sentido do ato de dar esmolas. Campanhas em todo o mundo pedem que as pessoas não dêem esmolas e nem comprem nada de crianças. Dar esmolas perpetua o ciclo do trabalho infantil e gera efeitos como evasão escolar, exploração sexual e violência.

 

 

Denuncie

Ao suspeitar que uma criança esteja trabalhando, denuncie. Nem sempre o trabalho infantil é facilmente detectado pelas autoridades. A ligação para o Disque 100 é gratuita – o canal encaminha o caso para a rede de proteção local, ou acesse ao link Descrição: C:\Program Files (x86)\Microsoft Office\MEDIA\OFFICE12\Bullets\BD21298_.gif http://www.disque100.gov.br/; ou acesse a página de denúncias do Ministério Público do Trabalho, no link Descrição: C:\Program Files (x86)\Microsoft Office\MEDIA\OFFICE12\Bullets\BD21298_.gif            https://peticionamento.prt9.mpt.mp.br/denuncia.

 

Seja um consumidor consciente.

            Os consumidores também podem colaborar nessa luta, no chamado consumo consciente. Da mesma forma que a empresa tem responsabilidade no que produz o consumidor também tem grande poder de escolha, podemos boicotar os produtos de uma empresa que usa o trabalho infantil, assim agindo de forma direta para que a prática seja mudada:

 

Apóie projetos sociais.

            Com parte do seu imposto de renda, você pode ajudar projetos sociais da área da infância e adolescência, doando 6% do imposto devido ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Isso significa que você não precisa desembolsar dinheiro para doar ao fundo, exceto quando quiser doar mais do que a porcentagem permitida pela lei.

 

Mais afinal, crianças e adolescentes não podem fazer, nada?

Não, existem muitas coisas que podem ser realizadas por crianças e adolescentes!

Confira as tarefas que as crianças podem realizar conforme a faixa etária.

 

Idade: 2 a3 anos.

a.    Guardar os brinquedos;

b.    Colocar a roupa suja no cesto;

c.    Guardar sapatos;

d.    Tirar o pó (lugares baixos);

e.    Tirar seu prato da mesa;

 

Idade: 4 a 6 anos.

a.    Arrumar a cama;

b.    Tira o lixo do banheiro;

c.    Regar plantas;

d.    Ajudar a guardar as compras;

e.    Alimentar os animais de estimação de pequeno porte (gatos, cachorros e pássaros, etc).

 

Idade: 7 a 10 anos.

a.    Colocar a mesa e recolher após as refeições;

b.    Lavar a louça (com supervisão);

c.    Recolher as roupas do varal;

d.    Varrer o chão;

e.    Passar o aspirador de pó.

 

Idade: a partir dos 11 anos.

a.    Preparar lanches rápidos (que dispensem o uso do fogão);

b.    Levar o lixo para fora;

c.    Trocar a roupa de cama;

d.    Lavar o banheiro.

 

            Nesta quinta-feira às 13h30min a Reunião de Rede de Proteção a Criança e ao Adolescente estará promovendo palestra sobre a temática na Câmara de Vereadores, coma presença da Psicologia do Fórum de Campo Largo;não perca esta oportunidade, venha saber mais, e tirar as suas dúvidas!

            Na próxima semana vamos conhecer o CRAS; não perca!

 

Fonte:

http://agenciadenoticias.ibge.gov.br

http://www.chegadetrabalhoinfantil.org.br